Reconhecido pelos clientes, papel WTL da Paraibuna Embalagens conquista mercados
- Sinpapel
- há 2 horas
- 5 min de leitura

12/06/2025 - Empresa está entre os maiores fornecedores no país do WTL, papel com alto valor agregado ideal para fabricação de embalagens que necessitam diferenciação. Produto que compete com os de fibra virgem e tem 95,8% de aprovação dos clientes está alcançando também o mercado internacional.
Há mais de dez anos, a Paraibuna Embalagens tomou a decisão estratégica, atendendo objetivo de seu fundador, Heitor Villela, de produzir um papel nobre, diferenciado, de origem reciclada. Com investimento em processos de melhoria contínua, a fabricação do papel branco WTL (White Top Line) permitiu que a empresa desbravasse um novo mercado predominantemente marcado pela fibra virgem. O WTL é uma especialidade que alcança, em média, 5% de toda a embalagem de papelão comercializada no Brasil.
Trata-se de um tipo de papel composto por uma camada superior fabricada a partir de aparas brancas e celulose branqueada e uma camada inferior desenvolvida com aparas recicladas de papel ondulado I e II. A camada branca na superfície permite uma impressão de alta qualidade, enquanto a base oferece resistência e durabilidade. Devido ao uso de fibras recicladas em sua composição e à possibilidade de reciclagem, o WTL colabora de forma significativa para a sustentabilidade e a economia circular.
Sua principal utilização se dá em onduladeiras, para produção de embalagem de papelão ondulado, mas também pode ser usado em outras aplicações, como, por exemplo, na fabricação de sacolas e sacos. Alguns clientes usam o WTL também para impressões em offset. É um papel bem desejável no mercado, porque tem uma excelente aparência visual e uma excelente resistência física.
“Nosso objetivo sempre foi ter o melhor papel de origem reciclada. Todo esse processo foi construído a partir da percepção e exigibilidade dos clientes e isso nos permitiu, inclusive, ingressar no mercado internacional, porque identificamos que o padrão do WTL já estava acima do que era oferecido fora do Brasil”, explica o gerente Comercial da Divisão Papel da Paraibuna Embalagens, Mário Henrique Santos.

“Entramos competindo não mais só com o papel branco reciclado, e sim competindo com papéis brancos de fibra virgem. Isso eleva mais uma vez nosso potencial competitivo, e o objetivo é que nosso produto assuma características de resistência, de propriedade física, muito além do que é o normal para um papel reciclado”, acrescenta o gerente.
Para atingir o alto padrão de qualidade, a empresa investiu em matéria-prima e em novos instrumentos de medição da qualidade. “Fizemos investimento na parte industrial com aquisição e melhorias em máquinas e compra de novos equipamentos que trouxeram ganhos à aparência física do papel. Podemos falar que a Paraibuna tem uma condição muito boa no mercado, tanto no parque fabril quanto também no laboratório de testes físicos do papel, que assegura o padrão de qualidade”, observa a superintendente, Rachel Marques.
Liderança no mercado interno
Não é por menos que a empresa é hoje um dos maiores fornecedores do WTL, ocupando posição de destaque no mercado, através do fornecimento para grandes fabricantes e também para clientes de menor porte, com uma carteira bem diversificada. Afinal, o WTL é um tipo de papel especial, com alto valor agregado e ideal para fabricação de embalagens diferenciadas.
A composição celulósica na camada superior (Top Ply) é feita com a utilização de 35% a 40% de fibra virgem e de 60% a 65% de aparas brancas Tipo 1, extremamente selecionadas, isentas de impurezas. Já na camada da base do papel (Bottom Ply), a formação celulósica é de ondulado um (OCC1) e ondulado dois (OCC2). Isso significa que são 100% de fibras recicladas na base. Com isso, a Paraibuna promove o reaproveitamento de materiais reciclados, colaborando com a economia circular. Conceito valorizado mundialmente e, também, internamente pelos órgãos setoriais, como ABTCP e Empapel.
O WTL da Paraibuna Embalagens também conta com a tecnologia Size Press com a aplicação de um amido superficial, que é um amido modificado, em ambos os lados da folha, utilizando uma prensa de alta performance. Essa prensagem superficial proporciona ao papel uma maior resistência física, além de melhoria na printabilidade e uniformidade na superfície para impressão e para o uso da folha.
Testes de laboratório comprovam resistência e desempenho
O gerente e especialista técnico de Produção de Papel da unidade da Paraibuna Embalagens em Juiz de Fora, André Luis Possas, destaca que a empresa possui um laboratório completo, capaz de realizar todos os testes de qualidade exigidos pelos mercados nacional e internacional. Como exemplo, ele cita o teste de SCT (Short-Span Compression Test), utilizado para garantir a resistência à compressão do papel WTL quando convertido em caixas.
De padrão internacional, o teste de SCT avalia a capacidade de resistência da embalagem à compressão vertical, fator essencial para suportar o empilhamento em paletes e as exigências do transporte. Outro ensaio realizado no laboratório da Paraibuna Embalagens é o Ply Bond, que mede a resistência de adesão entre as camadas do papel, especialmente entre a camada superior (capa) e a inferior (base), sendo fundamental para a integridade estrutural do material.
“Em 2022 e 2023, foram adquiridos equipamentos laboratoriais, como o SCT Tester, o Abrasiveness Tester e o Ply Bond Tester. Simultaneamente, promovemos melhorias no controle de processo, que resultaram em novas propriedades físicas e maior desempenho do produto final. O teste de Ply Bond é crucial para o desenvolvimento de papéis, pois assegura a resistência das ligações internas, o que influencia diretamente na durabilidade e desempenho do produto nas mais diversas aplicações”, explica André Luis.
No que diz respeito à alvura (brancura óptica), a Paraibuna segue os métodos normativos ABNT NBR ISO 2470 e TAPPI T 525, que indicam a capacidade de refletância do papel sob luz azul. Esse ensaio é essencial para avaliar o aspecto visual do papel e sua fidelidade em processos de impressão.
Outro teste específico para papéis brancos disponível no laboratório da empresa é a análise de cor segundo o modelo CIELAB, por meio de espectrofotômetro, conforme as normas ABNT NBR ISO 11664-4 e TAPPI T 527. Esse ensaio garante a consistência da tonalidade da cor e evita variações indesejadas entre lotes.
A produção de papel exige um sistema de controle de qualidade final altamente equipado e preciso, a fim de entregar ao mercado um produto tecnicamente competitivo e alinhado aos padrões nacionais e internacionais. Um diferencial da Paraibuna Embalagens é o compromisso com a sustentabilidade.
“Com a certificação FSC das fibras utilizadas, a empresa oferece um papel com alta resistência física, excelente qualidade visual, boa printabilidade e cor estável. Além disso, equipamentos modernos como a Size Press e a mesa dupla (Double-Wire former) contribuem para melhorar ainda mais as características técnicas do papel WTL”, complementa o gerente.
Desenvolvimento integrado e colaborativo
A evolução na produção do papel WTL se deve à colaboração de diferentes áreas da Paraibuna Embalagens e de agentes externos, avalia a gerente de Suprimentos, Denise Peter. “Fizemos parcerias com fornecedores habituais, demostrando que realmente precisávamos de um outro tipo de matéria-prima. Uma mais especial e mais nobre”, conta Denise.

“Por isso, prestamos consultoria técnica sempre que os aparistas desejavam nos vender um produto. Assim, eles entenderam as especificidades da matéria-prima que utilizávamos como padrão e começaram a trabalhar de forma diferente. Outra parceria interessante foi com os clientes que tinham aparas (refile) de produção importantes para nosso processo produtivo”, acrescenta a gerente de Suprimentos.
Os resultados de todo empenho da Paraibuna Embalagens na melhoria contínua do produto podem ser atestados não apenas pela liderança do mercado como também pelo nível de satisfação de quem compra o papel branco reciclado. Pesquisa realizada pelo Instituto PHD, em 2024, mostra que 95,8% dos clientes da Paraibuna Embalagens consideram o WTL um produto de qualidade.
“Começamos produzindo um papel branco sem referências mercadológicas. Ao adotar um processo colaborativo com nossos fornecedores e clientes, desenvolvemos novos atributos de melhoria continua. O papel de qualidade fabricado hoje que nos projeta no mercado internacional é fruto dessa construção coletiva. Sua evolução ao longo desses dez anos se deu através de muita pesquisa, muito estudo e muita percepção dos clientes. Esse é o caminho para avançarmos sempre e cada vez mais”, finaliza a superintendente Raquel Marques.

Fonte: Paraibuna Embalagens