
Já ouviu falar sobre a expressão “reciclabilidade de um produto”?
17/10/2024 - O consumo consciente é mais do que uma tendência. É uma abordagem que incentiva a fazer escolhas mais inteligentes em relação aos recursos disponíveis ao adquirir produtos e serviços, levando-se em consideração o impacto social, ambiental e financeiro. O objetivo é evitar excessos e desperdícios. Está baseado em três princípios: comprar apenas o necessário, escolher com cuidado os produtos na hora de comprar e fazê-los durar.
O consumo excessivo não apenas esgota os recursos naturais, como também contribui para a emissão de gases de efeito estufa gerados com a queima de combustíveis fosseis, desmatamento e práticas industriais. Diretora do Instituto de Embalagens, graduada em Engenharia Mecânica e especialista em Administração Industrial, Assunta Napolitano Camilo explica a importância do consumo consciente.
Escolhas sustentáveis ajudam a preservar o meio ambiente, reduzindo o uso de recursos naturais, minimizando a produção de resíduos e limitando a emissão de poluentes. Isso contribui para a conservação da biodiversidade, qualidade do ar e saúde dos ecossistemas.
Assunta Napolitano Camilo - Diretora do Instituto de Embalagens
Para o vice-presidente da Associação Nacional dos Aparistas de Papel (ANAP), João Paulo Sanfins, é fundamental que a população, empresas e organizações entendam cada vez mais sobre a reciclabilidade de um produto. Termo que, de acordo com o Portal da Educação Ambiental, “está relacionado à qualidade do que é reciclável. Em vez de dizer ‘analisar se o produto tem viabilidade para ser reciclado’, pode-se dizer ‘analisar a “reciclabilidade” do produto’”, explica.
“Refere-se ao produto ou material que engloba tanto características inerentes quanto viabilidade de ser reciclado ou de integrar um ciclo de reciclagem. É um adjetivo derivado de reciclável, mas que se aplica ao processo como um todo”, acrescenta João Paulo. “É fundamental que consigamos transmitir para a população e para as empresas o conceito de reciclabilidade”. Ele acredita que a partir dessa compreensão, já se solicitará ao fabricante uma nova embalagem com essa característica.
Existe reciclabilidade maior do que uma caixa simples de papelão? Super fácil. É quadrada e dá cubagem no transporte logístico. Quando falamos em conscientização da população, vemos que o caminho correto, inclusive que está sendo tomado na Europa, é muito voltado para reciclabilidade dos produtos consumidos. Fazer com que seja preferencialmente consumido aquele com maior reciclabilidade. São embalagens mono material. Acreditamos que o caminho para a conscientização seja via reciclabilidade e do design sustentável
João Paulo - Vice-presidente da Associação Nacional dos Aparistas de Papel (ANAP)
Não é por menos que a Paraibuna Embalagens vislumbra um mercado futuro que priorizará embalagens inovadoras e ecológicas, a fim de reduzir o impacto ambiental da atividade humana. Essa prática fortalecerá ainda mais a empresa por sua atividade recicladora e sustentável.
As embalagens estão evoluindo continuamente com inovações, para reduzir o impacto ambiental. Entre elas estão embalagens com conteúdo reciclado; o ecodesign que reduz o peso e economiza recursos e facilita a reciclagem. O uso de embalagens reutilizáveis e refis também tem crescido bastante, além de tintas sem solvente e máquinas mais eficientes que poupam energia.
Assunta Napolitano Camilo - Diretora do Instituto de Embalagens
81%
dos brasileiros adotam hábitos sustentáveis sempre ou na maioria das vezes
Bons hábitos
A boa notícia é que os brasileiros estão cada vez mais preocupados em controlar o consumo de água e energia elétrica e utilizar produtos até o fim. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 81% dos brasileiros adotam hábitos sustentáveis sempre ou na maioria das vezes. Em 2022, eram 74%. De acordo com o estudo, nos últimos seis meses:
73% evitaram desperdício de água sempre e 17% na maioria das vezes, somando 90%;
69% evitaram desperdício de energia sempre e 20% na maioria das vezes, somando 89%;
50% reduziram a produção de lixo sempre e 28% na maioria das vezes, somando 78%;
52% reutilizaram água sempre e 22% na maioria das vezes, somando 74%;
47% separaram lixo para reciclagem sempre e 18% na maioria das vezes, somando 65%;
45% reutilizaram ou reaproveitaram embalagens de produtos sempre e 25% na maioria das vezes, somando 60%;
43% reutilizaram o uso de embalagens sempre e 27% na maioria das vezes, somando 70%;
Fonte: Paraibuna Embalagens
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