top of page

Indústria de celulose brasileira se ajusta à nova presidência dos EUA e prevê avanços para 2025


Setor registra alta nas exportações em 2024 e reforça expectativa de equilíbrio entre oferta e demanda.


28/01/2025 - A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos levanta discussões sobre os impactos de sua política no mercado global. A indústria brasileira de celulose e papel, que tem o mercado norte-americano como um dos principais destinos, ao lado de China e União Europeia, acredita que mudanças no comércio internacional podem ocorrer, mas avalia que as exportações nacionais não devem ser afetadas no curto prazo.


“Os Estados Unidos não produzem a quantidade de celulose de fibra curta que demandam, e em uma eventual disputa tarifária [com a China], tudo se reacomoda”, afirma Leonardo Grimaldi, vice-presidente executivo de comercial e logística de celulose da Suzano.


Grimaldi explica que a Suzano monitora a situação para apoiar seus clientes, caso necessário, mas destaca que eventuais mudanças no mercado tendem a se reequilibrar, sem prejudicar os negócios da companhia. Em 2024, de janeiro a setembro, a Suzano registrou vendas de 10,3 milhões de toneladas de celulose. A expectativa é que o volume anual ultrapasse os números de 2023, com resultados consolidados previstos para fevereiro.


PROJETO CERRADO E CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES

O início das operações da nova fábrica de celulose da Suzano, o Projeto Cerrado, em Ribas do Rio Pardo (MS), foi um marco para o setor. Em 2024, a unidade produziu 900 mil toneladas, com vendas de 700 mil toneladas. Quando atingir plena capacidade, a fábrica poderá produzir 2,55 milhões de toneladas anuais, elevando em mais de 20% a capacidade total da companhia, de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas.


Esse avanço contribuiu para o crescimento das exportações brasileiras de celulose, que alcançaram US$ 15,7 bilhões em 2024, alta de 23,6% em comparação a 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O saldo comercial do setor foi de US$ 14,5 bilhões, aumento de 25% no período.


“O setor está entregando produção, custo baixo e tem capacidade de conquistar novos mercados, além de enfrentar ineficiências”, destaca Paulo Hartung, presidente da Ibá. Entre 2020 e 2024, as exportações de celulose cresceram mais de 60%, com uma taxa de crescimento anual de 12,5%.


PREÇOS E PERSPECTIVAS PARA 2025

O mercado de celulose em 2024 teve comportamentos distintos. No primeiro semestre, os preços subiram com a recuperação da demanda e uma produção mais estável. Já no segundo semestre, a entrada de novas operações – incluindo o Projeto Cerrado e uma planta da chinesa Liansheng Pulp and Paper – aumentou a oferta e pressionou os preços para baixo.


Em dezembro, a tonelada de celulose de fibra curta atingiu US$ 545, um dos menores patamares do ano. Contudo, especialistas apontam que esse valor deve se recuperar a partir do segundo semestre de 2025, com o equilíbrio entre oferta e demanda e a recomposição de estoques.


A Suzano anunciou reajustes de preços em dezembro para mercados da Europa, América do Norte e Ásia, indicando otimismo quanto à recuperação. “Isso mostra nossa visão de que, de fato, o patamar era o fundo, pelo menos por hora, e que há uma oportunidade de um momento de ‘upside’ [reversão] de preço”, diz Grimaldi.


O executivo avalia que 2025 deve consolidar uma retom


Fonte: Portal Celulose

0 comentário

Commenti


I commenti sono stati disattivati.
EMPRESAS  ASSOCIADAS

SINPAPEL

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CELULOSE, PAPEL E PAPELÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Av. Raja Gabaglia, 2000 - Sala 324

Torre 1 - Bairro Estoril 

CEP: 30.494-170 | Belo Horizonte - MG

sinpapel@fiemg.com.br

Tel: +51 (31) 3282 7455 | (31) 99835-7205

  • Instagram
  • YouTube
WhatsApp_edited.png

© Copyright 2020 SINPAPEL. Todos os direitos reservados. Web Designer Ricardo Sodré

bottom of page