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Guerra comercial entre EUA e China se intensifica e abala mercados globais


Reação em cadeia inclui tarifas da União Europeia e impacto no Brasil, que vê queda no valor de empresas como a Suzano e retração nas exportações.


15/04/2025 - A guerra comercial global iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ganhou um novo capítulo nessa quarta-feira, 9, com o anúncio da China de tarifas adicionais sobre produtos americanos, apenas horas após a entrada em vigor de novas taxas punitivas impostas pela Casa Branca.


As novas tarifas dos EUA agora atingem praticamente todos os parceiros comerciais do país e elevaram os impostos sobre produtos chineses para 145%. Em resposta, Pequim declarou que aplicará tarifas adicionais sobre importações americanas, totalizando uma taxa de 84%, com vigência ainda nesta quarta-feira.


Na Europa, os países-membros da União Europeia aprovaram a aplicação de contra-tarifas contra os Estados Unidos, previstas para entrarem em vigor na próxima terça-feira. Em comunicado, o bloco afirmou que as medidas “podem ser suspensas a qualquer momento, caso os EUA concordem com um resultado negociado justo e equilibrado”.


Desde o anúncio da nova rodada de tarifas na semana passada, os mercados de ações ao redor do mundo vêm registrando perdas expressivas.


EFEITOS DA GUERRA COMERCIAL NO BRASIL

Embora o Brasil esteja entre os países menos impactados diretamente pelo pacote tarifário de Trump, os efeitos indiretos da guerra comercial já são perceptíveis. A consultoria Elos Ayta divulgou um levantamento com as empresas que mais perderam valor de mercado desde 2 de abril, data em que o presidente norte-americano apresentou sua lista de países mais e menos taxados. Entre as dez mais afetadas está a Suzano, com perdas em torno de R$ 3,6 bilhões.


Além disso, os preços de diversas commodities recuaram de forma significativa na última semana, com quedas na casa de dois dígitos. “Os preços das commodities caíram porque o nível de atividade vai perder fôlego no mundo”, afirma o economista Fabio Silveira, sócio da consultoria MacroSector. Ele não prevê uma recessão global, mas estima que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial deve desacelerar de 3,2% em 2024 para 2,5% em 2025 e 2,2% em 2026.


Segundo Silveira, a tendência é de que os preços das matérias-primas sigam em queda, especialmente se a guerra tarifária entre os países continuar escalando com novas retaliações entre China e Estados Unidos.


Mesmo com um impacto direto menor para o Brasil, o rearranjo no comércio internacional deve atingir o saldo da balança comercial do país.


Em 2024, o superávit foi de US$ 75 bilhões. Para este ano, Silveira projeta um recuo para US$ 55 bilhões. “Será um saldo comercial menor, mas ainda razoável”, avalia o economista, lembrando que, em 2023, o superávit brasileiro foi próximo de US$ 100 bilhões.


Em relação aos efeitos nos preços e na inflação, o cenário ainda é incerto. A queda nas commodities poderia aliviar a inflação. Contudo, como destacam os economistas, é essencial considerar o comportamento da taxa de câmbio, que influencia diretamente a conversão dos preços em dólar para o real e, por consequência, o custo dos produtos no mercado interno.


Fonte: Portal Celulose

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