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EUA suspendem tarifa de 10% sobre celulose brasileira

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Medida deve aliviar custos da indústria de papéis tissue e reaquecer exportações após queda de mais de 15% em 2024.


16/09/2025 - O governo dos Estados Unidos retirou a tarifa de 10% que incidia sobre a celulose brasileira exportada ao país desde abril. A decisão foi oficializada em ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump no dia 5/09, e publicada pela Casa Branca no dia 8/09.


A medida atende à pressão de produtores americanos que dependem da celulose para a fabricação de papéis tissue, como papel higiênico e lenços umedecidos. O Anexo II do documento inclui três classificações de celulose na lista de produtos isentos, representando mais de 90% do volume exportado pelo Brasil em 2024, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).


As tarifas sobre papéis e painéis de madeira (MDF e MDP) permanecem inalteradas, em 50% e 40%, respectivamente. Para Rafael Barisauskas, economista da Fastmarkets, a medida é positiva para ambos os lados. “O Brasil é um importante fornecedor de celulose de fibra curta para os EUA e, naturalmente, taxar o setor significa colocar uma pressão adicional sobre os custos produtivos da indústria americana”, afirma.


O presidente da Ibá, Paulo Hartung, avalia que o resultado foi construído também pela relação entre empresas e clientes. “Isso mostra a importância de reforçar o caminho da diplomacia”, destaca.


De janeiro a junho, os embarques de celulose aos Estados Unidos recuaram 15,2% em valor e 8,5% em volume, segundo a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Apenas em maio, a queda em valor chegou a 35%. Entre as empresas mais impactadas esteve a Suzano, que tem entre 15% e 19% de suas vendas líquidas vinculadas ao mercado americano.


Apesar do impacto inicial, a Suzano registrou crescimento de 23% nas vendas de celulose entre abril e junho em relação ao trimestre anterior, impulsionada pela demanda da Ásia e da América do Norte. Na comparação com o mesmo período de 2024, a alta foi de 28%, apoiada pelo aumento da produção em sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS).


O preço líquido médio da celulose vendida pela companhia foi de US$ 555 por tonelada, estável frente ao trimestre anterior, mas 20% inferior ao mesmo período do ano passado. Em agosto, a empresa anunciou reajustes de preços após a suspensão da tarifa: US$ 20 por tonelada na Ásia, e posteriormente US$ 20 adicionais no mercado asiático e aumentos de US$ 80 na Europa e nos EUA.


O setor, no entanto, ainda observa desafios. O banco que acompanha o mercado afirmou estar “um pouco mais otimista” com a implementação da nova rodada de aumentos, mas alertou que margens fracas dos fabricantes de papel e a maior oferta de celulose na China podem limitar os efeitos positivos.


Fonte: Portal Celulose

 
 
 
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