Os projetos incluem a construção de novas fábricas, ampliação de unidades e melhorias em infraestrutura, com expectativa 36 mil novos empregos durante a fase de obras.
27/08/2024 - A indústria de papel e celulose anunciou nesta quarta-feira, 21, um plano de investimentos de R$ 105 bilhões até 2028. O aporte contempla a construção de novas fábricas, ampliação de plantas existentes, melhorias na infraestrutura logística e outras iniciativas estratégicas.
O anúncio foi feito por Paulo Hartung, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), durante reunião com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto.
Alckmin destacou a importância do setor para a economia brasileira: “Esse é um anúncio superimportante, mostra confiança no Brasil”, afirmou. “E é um setor que representa bem a Nova Indústria Brasil. É uma indústria inovadora, tem recursos de TR para inovação; indústria verde, tem acesso ao Fundo Clima, do BNDES; indústria competitiva, teremos LCD (Letra de Crédito do Desenvolvimento) e depreciação acelerada para estimular a indústria; e fortemente exportadora. É fundamental para o saldo da balança comercial brasileira”, complementou.
Os projetos devem empregar 36 mil trabalhadores durante as obras e criar outros 7,3 mil postos diretos e indiretos com o início das operações.
PRINCIPAIS INVESTIMENTOS
Entre os projetos em destaque estão os da Arauco (R$ 25 bilhões), Suzano (R$ 22,2 bilhões), CMPC (R$ 25 bilhões), Bracell (R$ 5 bilhões) e Klabin (R$ 1,6 bilhão). Segundo Paulo Hartung, os investimentos serão direcionados para a construção de novas fábricas no país. “São investimentos feitos em regiões, via de regra, com baixíssimo dinamismo econômico. E as florestas cultivadas estão sendo implementadas, nos últimos anos, basicamente substituindo pastagem improdutiva”, disse.
A Arauco, por exemplo, planeja inaugurar sua primeira fábrica de celulose no Brasil em 2028, no Mato Grosso do Sul. O projeto Sucuriú terá capacidade inicial de 2,5 milhões de toneladas por ano, com potencial de expansão. A unidade tem a expectativa de gerar 400 MW de energia limpa, garantindo autossuficiência energética.
Outro destaque é o Projeto Cerrado, da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS). Com um investimento de R$ 22,2 bilhões, a fábrica iniciou operações em julho deste ano com capacidade de 2,55 milhões de toneladas anuais de celulose, tornando-se a maior linha única de produção do mundo.
Já a CMPC investirá R$ 25 bilhões em uma nova planta de celulose e um terminal portuário em Barra do Ribeiro (RS), com expectativa de gerar cerca de 12 mil empregos durante as obras.
IMPACTO ECONÔMICO E SUSTENTABILIDADE
Com quase 10 milhões de hectares de florestas plantadas, o setor de papel e celulose gerou US$ 10,3 bilhões em exportações em 2023, representando 3% do total exportado pelo Brasil. Além disso, 90% da energia consumida na produção vem de fontes renováveis, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.
Fonte: Portal Celulose
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