Colaboradores da empresa participaram de um workshop. “Responsabilidade social não é apagamento da identidade”, afirmou a palestrante Brune Coelho Brandão. A Paraibuna Embalagens foi uma das empresas convidadas pela Prefeitura de Juiz de Fora para participar do Mutirão de Empregos da Diversidade que contou com a oferta do workshop “Diversidade e Inclusão” para todas as organizações participantes. O evento buscou sensibilizar sobre a importância de promover a diversidade nos ambientes de trabalho, propiciando um ambiente respeitoso, por meio da criação de espaços acolhedores e inclusivos, livres de preconceitos.
20/02/2024 - A Paraibuna Embalagens foi uma das empresas convidadas pela Prefeitura de Juiz de Fora para participar do Mutirão de Empregos da Diversidade que contou com a oferta do workshop “Diversidade e Inclusão” para todas as organizações participantes. O evento buscou sensibilizar sobre a importância de promover a diversidade nos ambientes de trabalho, propiciando um ambiente respeitoso, por meio da criação de espaços acolhedores e inclusivos, livres de preconceitos.
Doutora em Psicologia, Brune Coelho Brandão foi a responsável por ministrar a palestra de sensibilização. Mulher trans, ela explicou que diversidade é dar visibilidade a tudo que foge do padrão estipulado pela sociedade, através de vários marcadores sociais do sujeito.
“Inclusão é o paradigma que busca promover o respeito às diversidades. Formas para que a sociedade ofereça possibilidades de desenvolvimento dessas pessoas. Um modelo social que traz as diferenças não como uma questão das pessoas, mas da sociedade e de suas dificuldades em reconhecer as especificidades dos sujeitos. Criar um mundo mais inclusivo para todes"
Brune Coelho Brandão - Doutora em Psicologia
A especialista também explicou sobre diversidade sexual e de gênero como sendo todos os corpos e as identidades que fogem do que é convencionado como “natural” e “coerente” pela sociedade. E alertou para a tarefa de pensar em todas as possibilidades das vivências de gênero e sexualidade no mundo. Ela esclareceu alguns conceitos, como sexo, que se refere às características físicas convencionadas como masculino e feminino (norma de inteligibilidade dos corpos). Já o gênero é a construção social. Está baseado na autoidentificação, ou seja, como a pessoa se vê e se sente no mundo. Orientação sexual, por sua vez, é para quem se orienta o desejo e o afeto.
Brune enfatizou que toda pessoa tem o direito ao trabalho digno e produtivo, a condições de trabalho justas e favoráveis e à proteção contra o desemprego, sem discriminação por motivo de orientação sexual ou identidade de gênero. Segundo ela, as ações afirmativas são formas de promover equidade e inclusão dentro das empresas. Desta forma, as vagas afirmativas funcionam como instrumento de reparação histórica e como mecanismo de oportunidade de promoção para os trabalhadores e para as empresas.
A especialista destacou ainda formas como as empresas devem agir para promover a diversidade e igualdade dentro do ambiente de trabalho. Entre elas, “desconstruir visões estigmatizantes e preconceituosas sobre pessoas de gênero divergente e garantir respeito ao nome social e aos pronomes com os quais a pessoa se identifica”. É necessário também, após retificar documentos, trocar todas as menções ao nome antigo, além de assegurar o uso do banheiro em conformidade com a identidade de gênero”.
Além disso, é fundamental entender os contextos de vulnerabilidade que uma pessoa trans está socialmente exposta, demonstrar empatia e oferecer acolhimento. “Responsabilidade social não é apagamento da identidade”.
Mutirão foi um sucesso
De acordo com o site da Prefeitura de Juiz de Fora, cerca de 250 pessoas participaram do mutirão da diversidade. O evento realizado no dia 1º de fevereiro contou com oferta de vagas de emprego, oficinas para geração de renda e serviços abertos à população.
A presidente da Associação de Travestis, Transgêneres e Transsexuais de Juiz de Fora (Astra), Sol Mourão destacou a importância da Lei Municipal 14668/2023, que “institui a Semana Municipal da Visibilidade, Empregabilidade e Capacitação de Travestis, Pessoas Transgêneras Binárias e Não Binárias”.
“Foi muito importante, um movimento que a gente nunca viu acontecer na nossa cidade e também no estado. Agora, temos uma lei voltada para a empregabilidade de pessoas trans que, além de ajudar na inclusão, também está orientando as empresas, o que ajudará as pessoas a se manterem nos trabalhos futuramente”, disse em entrevista ao site da Prefeitura de Juiz de Fora.
Fonte: Paraibuna Embalagens
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