Embora especialistas afirmem que não haverá escassez, o pânico dos consumidores está esvaziando as prateleiras das lojas em todo o país.
10/10/2024 - Em meio a temores de escassez de papel higiênico, devido a uma greve nos portos dos Estados Unidos e ao aumento da demanda em regiões afetadas pelo Furacão Helene, alguns consumidores no país estão esvaziando as prateleiras de lojas em todo o país e estocando o produto.
Apesar da nova onda de pânico, a situação parece estar longe de ser uma verdadeira escassez. Segundo especialistas, é mais provável que haja um excesso de papel higiênico no país.
Embora algumas prateleiras de lojas estejam vazias, o principal motivo por trás disso não é a greve portuária, mas o medo dos consumidores que começaram a comprar em grandes quantidades, relembrando as dificuldades vividas durante a pandemia de Covid-19.
Diante disso, consumidores norte-americanos compartilharam nas redes sociais imagens de prateleiras vazias – onde deveriam estar papéis higiênicos e toalhas de papel – em lojas de todo o país.
“Acabaram com o papel higiênico no Walmart da minha cidade, na Virgínia. Estocagem de papel higiênico 2.0!,” escreveu um usuário do X, atualmente suspenso no Brasil, juntamente com uma foto de prateleiras vazias.
“As prateleiras do Costco e Target estão ficando vazias ou sem toalhas de papel no Condado de Monmouth, NJ,” compartilhou outra pessoa no X. “Estou vendo pessoas comprando papel higiênico e água também em reação à greve dos portos. Um funcionário do Costco me disse que o papel higiênico/toalhas de papel se esgotaram nesta manhã”, afirmou outro consumidor.
Apesar desses relatos, os especialistas garantem que a greve, que afeta portos do Maine ao Texas, não terá impacto sobre o fornecimento de papel higiênico. Mais de 90% do produto consumido nos Estados Unidos é fabricado no próprio país, e a pequena porcentagem advinda de importação tem origem do Canadá e do México, chegando ao país por trem ou caminhão, não por navio.
A American Forest and Paper Association, que representa os fabricantes de papel nos EUA, expressou preocupação com o impacto da greve, mas esclareceu que o maior risco é para suas exportações, não para as importações. Segundo a entidade, é mais provável que a greve cause um excesso de papel higiênico no mercado.
Apesar dessas informações, o medo do consumidor continua motivando as compras em massa, lembrando as limitações ocorridas em 2020. É possível que alguns produtos, 100% dependentes de importações e com prazo de validade curto fiquem em falta, no entanto, esse não será o caso do papel higiênico, que não é perecível e pode ser armazenado por um longo período.
Fonte: Tissue Online
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