top of page

Cai a confiança dos empresários da indústria de Minas Gerais em abril

Ainda assim, os industriais mineiros mantiveram-se confiantes pelo 15º mês seguido. Os empresários da indústria de Minas Gerais estão menos confiantes neste mês, com base na piora tanto das percepções com relação à situação atual da economia quanto dos negócios, gerando uma expectativa menos favorável para os próximos seis meses. É o que indica o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (ICEI-MG), que teve uma redução de 2,6 pontos, passado de 53 no mês anterior para 50,4 pontos em abril, segundo apontou pesquisa da Fiemg.


Indicador mede confiança do empresário da indústria de Minas Gerais

Crédito: Adobe Stock



16/04/2024 - Os empresários da indústria de Minas Gerais estão menos confiantes neste mês, com base na piora tanto das percepções com relação à situação atual da economia quanto dos negócios, gerando uma expectativa menos favorável para os próximos seis meses.


É o que indica o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (ICEI-MG), que teve uma redução de 2,6 pontos, passado de 53 no mês anterior para 50,4 pontos em abril, segundo apontou pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).


Ainda assim, os industriais mineiros mantiveram-se confiantes pelo 15º mês seguido, considerando que a fronteira entre falta de confiança e a confiança é de 50 pontos. Entretanto, com o índice bem próximo do limite, a indicação é de que o sentimento de confiança foi menos intenso e disseminado no Estado.


O que explica a confiança pelo 15º mês seguido?

De acordo com a economista da Fiemg, Daniela Muniz, a resiliência do mercado de trabalho, a redução gradual da taxa de juros e as perspectivas de consumo das famílias foram os itens que seguraram o índice pouco acima dos 50 pontos.


“Esse nível de confiança dos empresários da indústria de Minas Gerais se manteve positivo, ancorado na percepção de melhoria da inflação, no aquecimento do mercado de trabalho e no aumento do salário mínimo. Um fator que também ajudou a manter esse cenário foi a pequena melhoria nas taxas de juros, fator que implica diretamente na redução do endividamento das famílias. Apesar de o indicador ainda estar positivo, sugere que há uma certa cautela por parte dos empresários“, explicou a economista.


Na comparação com abril do ano anterior, quando o indicador registrou 52,2 pontos, a redução foi de 1,8 ponto, ficando 0,3 ponto abaixo da sua média histórica para o mês, que é de 50,7 pontos. O ICEI nacional também apresentou redução ante março (52,8 pontos), em 1,3 ponto, e marcou 51,5 pontos em abril, evidenciando uma confiança menos intensa por parte dos empresários brasileiros.


Condições atuais e expectativas para o futuro

O componente de condições atuais diminuiu 3,3 pontos, passando de 47,4 pontos em março para 44,1 pontos em abril. Esse declínio mostra uma percepção ainda mais negativa por parte dos empresários com relação às condições econômicas do Brasil e de Minas Gerais, bem como com relação aos próprios empreendimentos. O índice permaneceu abaixo dos 50 pontos pelo 17º mês consecutivo. Frente a abril de 2023 (46,1 pontos), o indicador recuou 2 pontos.


“É importante que haja uma persistência na busca por uma política econômica adequada e reformas que aumentem o potencial de crescimento do país para a criação de um ambiente de negócios mais favorável. Pois, mesmo com a arrecadação do governo melhorando, ainda existem as incertezas com as despesas públicas, o que acaba por limitar o processo da redução de juros, causando preocupação por parte dos empresários”, afirmou Daniela.


O componente de expectativas para os próximos seis meses apresentou queda de 2,2 pontos em abril (53,6 pontos), na comparação com março (55,8 pontos). Apesar dessa redução, o índice manteve-se acima dos 50 pontos, o que sinaliza uma visão positiva dos empresários com relação ao futuro. Porém, o otimismo foi menos intenso e disseminado em abril. Na comparação com abril de 2023, quando registrou 55,2 pontos, houve redução de 1,6 ponto no indicador.


De acordo com Daniela Muniz, desde 2022 que o índice não tem chegado a níveis elevados. “Existem fatores positivos e negativos que têm deixado o empresariado cauteloso. Percebemos que, desde o final de 2022, o índice tem orbitado próximo aos 50 pontos. Por isso, a tendência é de cautela na confiança dos empresários da indústria de Minas Gerais para os próximos seis meses”, avaliou a economista.


Fonte: jornal Diário do Comércio


bottom of page