O movimento no Focus acontece em um momento de cautela no mercado, em meio a temores de que o Banco Central ceda a críticas do governo. Analistas consultados pelo Banco Central elevaram suas projeções para a taxa básica de juros tanto para este ano quanto no próximo, em meio às pressões inflacionárias e ao embate entre governo e BC sobre a condução da política monetária. A pesquisa Focus divulgada pelo BC nesta segunda-feira mostra que a projeção para a Selic este ano subiu a 12,75%, contra 12,50% na semana anterior. Ao mesmo tempo, o cenário para o final de 2024 foi a 10%, de 9,75% antes.
O BC manteve a Selic em 13,75% ao ano, na primeira reunião do Copom
Crédito: Adriano Machado / Reuters
Por Diário do Comércio
14/02/2023 - Analistas consultados pelo Banco Central elevaram suas projeções para a taxa básica de juros tanto para este ano quanto no próximo, em meio às pressões inflacionárias e ao embate entre governo e BC sobre a condução da política monetária.
A pesquisa Focus divulgada pelo BC nesta segunda-feira mostra que a projeção para a Selic este ano subiu a 12,75%, contra 12,50% na semana anterior. Ao mesmo tempo, o cenário para o final de 2024 foi a 10%, de 9,75% antes.
No começo do mês, o BC manteve a Selic em 13,75% ao ano, na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para o próximo encontro, em março, o Focus mostra que a projeção dos especialistas segue segundo de manutenção da Selic.
O movimento no Focus acontece em um momento de cautela no mercado, em meio a temores de que o Banco Central ceda a críticas do governo sobre a condução da política monetária — o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados intensificaram recentemente as reclamações do patamar elevado da taxa Selic e questionam a autonomia da autarquia.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou ainda que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 foi ajustada para cima em 0,01 ponto percentual, a 5,79%, enquanto que para o ano que vem foi a 4,0%, um aumento de 0,07 ponto.
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano caiu pela segunda vez seguida, em 0,03 ponto, indo a 0,76%. Para 2024 segue em 1,50% pela sétima semana seguida.
Fonte: Diário do Comércio (Reuters)
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