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Câmbio, preços da celulose e cenário político desafiam Klabin e Suzano em 2025


Empresas enfrentam volatilidade cambial, impacto da economia brasileira e incertezas com o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA.

11/03/2025 - A Klabin e a Suzano, duas gigantes da celulose no Brasil, enfrentarão um cenário desafiador em 2025, influenciado por flutuações cambiais, variações nos preços da celulose e fatores políticos, como a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Cada um desses elementos impacta de forma distinta as estratégias e os resultados das companhias.


A valorização do dólar impulsionou as receitas das duas empresas no quarto trimestre de 2024, beneficiando as exportações. No entanto, a alta da moeda também aumentou o custo da dívida em moeda estrangeira e pressionou os resultados financeiros.


A Klabin, por exemplo, registrou um aumento de 20% na receita do segmento de celulose e de 19% no negócio de papéis no período. Em contrapartida, o custo caixa por tonelada subiu 13%, atingindo R$ 3.402, e o endividamento bruto cresceu R$ 3,8 bilhões, chegando a R$ 40,8 bilhões.


Já a Suzano, que mantém cerca de 95% de sua dívida atrelada ao dólar para equilibrar sua receita, sofreu um impacto contábil mais expressivo com a variação cambial. No quarto trimestre, a companhia registrou um prejuízo de R$ 6,74 bilhões, revertendo o lucro obtido no mesmo período do ano anterior. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 15,55 bilhões, sendo R$ 8,93 bilhões provenientes de perdas cambiais e monetárias.


CENÁRIO DA CELULOSE SURPREENDE POSITIVAMENTE

Os preços da celulose de eucalipto (fibra curta) começaram o ano de 2025 acima das projeções, impulsionados pela paralisação da Chenming, uma das principais fabricantes de papel da China. Esse fator inesperado aqueceu a demanda e sustentou os reajustes consecutivos anunciados por Suzano e Klabin nos primeiros três meses do ano.



A escassez de oferta se agrava com os baixos estoques da Suzano, que encerrou 2024 com forte desempenho de vendas e, no primeiro trimestre deste ano, enfrenta paradas de manutenção programadas, reduzindo o volume disponível para comercialização.


IMPACTOS DA ECONOMIA BRASILEIRA E CENÁRIO POLÍTICO DOS EUA

No mercado intero, a inflação e os juros elevados impõem desafios ao consumo. Para a Klabin, que tem dois terços da receita atrelados ao setor de papel e embalagens, o desempenho econômico do Brasil é um fator crítico, já que a demanda depende diretamente de segmentos como o de alimentos e bens não duráveis. A empresa avalia que seu portfólio diversificado pode mitigar eventuais impactos de uma desaceleração.



Já no cenário externo, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos adiciona um grau extra de incerteza. A imposição de tarifas sobre importações pode afetar setores estratégicos, mas a celulose brasileira deve sofrer menos impactos, já que os EUA importam cerca de 6 milhões de toneladas da matéria-prima por ano, com o Brasil respondendo por 20% desse total.


Além de mercado consumidor, os EUA também são um ponto de investimento para a Suzano, que recentemente adquiriu duas fábricas da Pactiv Evergreen para ampliar sua produção de papel cartão para embalagens. A empresa afirmou que a nova administração americana não altera sua estratégia de alocação de capital no país.


A Klabin, por sua vez, foca na redução do endividamento e não prevê grandes investimentos nos próximos dois anos, mas acompanha de perto os desdobramentos geopolíticos para avaliar futuras oportunidades de aquisição.


Fonte: Portal Celulose

 

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