Levantamento do Sebrae, com base no Caged, aponta que representa 100% do saldo total do Estado em outubro. O saldo de empregos gerado pelas micro e pequenas empresas (MPEs) de Minas Gerais chegou a 5.506 postos de trabalho em outubro deste ano, o que representa 100% do saldo total para o Estado no mês, conforme levantamento do Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número resulta da diferença entre 132.504 admissões e 126.998 desligamentos registrados no mês.
Resultado do mês foi impulsionado pelos setor de Serviços, além de
Comércio; Agro teve queda | Crédito: Adobe Stock
07/12/2023 - O saldo de empregos gerado pelas micro e pequenas empresas (MPEs) de Minas Gerais chegou a 5.506 postos de trabalho em outubro deste ano, o que representa 100% do saldo total para o Estado no mês, conforme levantamento do Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número resulta da diferença entre 132.504 admissões e 126.998 desligamentos registrados no mês.
Na comparação de outubro com setembro deste ano, o saldo teve uma queda de 51,48%. O recuo na comparação com outubro do ano passado foi de 55,9%. Minas Gerais ficou na sétima posição entre os estados que mais empregaram nas MPEs em outubro deste ano.
O assistente da Unidade de Inteligência Estratégica (Uine) do Sebrae Minas, André Luís Costa, observa que o resultado do 10º mês do ano foi impulsionado pelos setores de Serviços e Comércio, após queda da Agropecuária. “Nesse momento, vemos uma retração no setor da agro, que contratou muito no início do ano e começou a demitir agora. A agropecuária vem puxando um pouco o saldo negativo, mas vemos que os setores de serviço e comércio vêm mantendo o saldo positivo”, disse.
André Luiz Costa aponta que, historicamente, o setor de serviços é o que mais gera empregos, tanto a nível estadual quanto nacional. “Tem uma gama muito grande de atividades econômicas e essenciais tanto para consumo das famílias quanto para serviços do dia a dia. É realmente muito forte no País”, comenta.
E sobre o comércio, Costa afirma que, apesar da concorrência com os e-commerce estrangeiros, principalmente da Ásia, o setor tem demonstrado resiliência. “Tivemos uma retração no início do ano e, agora, já nesse período de fim de ano, em que a demanda do comércio aumenta, vemos um impacto positivo e o comércio voltou a registrar altos números de admissões”.
Para o assistente do Sebrae, a perspectiva no saldo da geração de vagas no Estado é de estabilidade ou até mesmo melhora nos últimos meses do ano. A tendência é fruto do maior consumo das famílias com as datas comemorativas, além do cenário econômico favorável com a redução da inflação e da taxa básica de juros pelo Banco Central (BC).
Ainda segundo o levantamento do Sebrae Minas, as regiões Central, Noroeste e Alto Paranaíba de Minas apresentaram, respectivamente, o melhor e o pior resultados na geração de trabalho pelas MPEs no 10º mês de 2023. Entre os municípios, Belo Horizonte apresentou o melhor resultado, com um saldo de 2.620 postos de trabalho, enquanto que Ipatinga, no Vale do Aço, foi o município com o pior resultado, com um saldo negativo de 501 vagas.
Segmentos e admissões
Em outubro e pelo quarto mês consecutivo, o setor de serviços apresentou o melhor saldo de empregos nas MPEs de Minas Gerais (5.544), seguido pelo comércio (2.448) e pela indústria da transformação (1.075). Já o setor da agropecuária teve o pior saldo de empregos em setembro, com redução de 4.300 vagas.
O saldo de abertura de pequenos negócios do setor de serviços no Brasil neste ano ultrapassa 890 mil novos empreendimentos.
A atividade de construção civil foi a que mais empregou trabalhadores nas micro e pequenas empresas em outubro, com saldo de 1.222 vagas, seguido por serviços de organizações de feiras (452 postos) e pela atividade de serviços prestados às empresas, com 443 empregos criados.
Perfil das contratações
De acordo com a pesquisa do Sebrae Minas, o perfil mais comum das admissões geradas pelas MPEs mineiras em outubro é de pessoas do sexo masculino, na faixa etária de 18 a 24 anos e com ensino médio completo.
O salário médio de admissão pago pelas micro e pequenas empresas em Minas Gerais no período foi de R$1.794,16, com R$0,12 a mais que o salário médio de desligamento. No caso dos trabalhadores desligados pelas MPEs mineiras em outubro de 2023, a maioria também é de homens entre 18 e 24 anos, com ensino médio completo.
Entre as ocupações com melhor saldo de empregos nas MPEs no Estado destacam-se servente de obras (901), alimentador de linha de produção (667) e atendente de lojas e mercados (636).
MPEs têm segundo menor resultado mensal do ano no País
Os pequenos negócios foram responsáveis por pouco mais de 120 mil postos de trabalho – cerca de 63,3% do total – em outubro no Brasil, segundo levantamento do Sebrae feito a partir de dados do Caged. É o segundo menor resultado mensal do ano, ficando à frente somente do total de vagas registrado no mês de janeiro.
Ao todo, o Brasil registrou 190,3 mil novas contratações em outubro. No acumulado do ano, o País já contabiliza 1,7 milhão de novos empregos. Desse universo, as micro e pequenas empresas (MPEs) contribuíram com o saldo de 1,3 milhão de carteiras assinadas, o que representa 80% do total. Nesse período, as médias e grandes empresas (MGE) foram responsáveis por 327,9 mil empregos, ou seja, 19,2%.
O setor de serviços se mantém na liderança da criação de novos postos de trabalho em outubro de 2023 no País. Considerando o universo das MPEs, foram 58,751 mil vagas preenchidas. Em segundo lugar, aparece o comércio com 38,120 mil vagas, seguido pela indústria de transformação com 16,55 mil empregos gerados. Entre as MGE, os setores de serviços (48,6 mil), comércio (11,9 mil) e indústria de transformação (5,7 mil) se destacaram no 10º mês do ano.
No acumulado de 2023, o cenário continua o mesmo, com as MPEs liderando em termos de criação de vagas, com destaque nos setores de serviços (696,3 mil), construção civil (235,4 mil) e indústria de transformação (201,6 mil).
Fonte: jornal Diário do Comércio
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