Devido a uma mudança global para o digital, fabricantes de tissue têm menos fibras recicláveis disponíveis no mercado. Com um número cada vez maior de pessoas trabalhando de forma remota – conhecida como home office – os escritórios têm se tornado ambientes mais digitais. Com isso, a produção de resíduos a serem transformados em papel reciclado para produtos de tissue como papel higiênico ou, ainda, na fabricação de embalagens de papelão, tem registrado quedas expressivas.
13/07/2023 - Com um número cada vez maior de pessoas trabalhando de forma remota – conhecida como home office – os escritórios têm se tornado ambientes mais digitais. Com isso, a produção de resíduos a serem transformados em papel reciclado para produtos de tissue como papel higiênico ou, ainda, na fabricação de embalagens de papelão, tem registrado quedas expressivas, que impactam diretamente os fabricantes do setor, segundo relatório divulgado pela organização de consumidores Ethical Consumer.
O relatório destaca as empresas Kimberly-Clark, Sofidel e Essity como as três principais fabricantes de tissue no mundo e afirma que, desde a pandemia, elas diminuíram a quantidade de fibras recicladas presentes na composição de seus produtos de tissue.
Ainda segundo o documento, a Kimberly-Clark cortou a quantidade de fibra reciclada em seus produtos de higiene pessoal e de papel em 19,3% em 2021, abaixo dos 29,7% registrado em 2011.
Já a Sofidel reduziu o uso de fibra reciclada em seus produtos de 8,9% em 2019 para 7,3% em 2021. A Essity, por sua vez, diminuiu a quantidade de papel reciclado em suas linhas de produtos de 40% em 2018 para 36% em 2022. Para a Ethical Consumer, com a queda na oferta de papel reciclado, o uso de celulose de madeira virgem tende a aumentar.
Para Chris Forbes, cofundador da empesa Checky Panda – fabricante de papel higiênico à base de bambu –, essa tendência também deve crescer à medida que menos resíduos de papel se tornam disponíveis no mercado para serem transformados em fibras recicladas. “Claramente há falta de oferta porque as pessoas são mais digitais, portanto, menos jornais, livros e material de escritório desperdiçam papel”, disse Forbes. “Não consigo ver essa tendência mudando. Na verdade, vejo menos papel reciclado disponível à medida que as pessoas se movem mais digitalmente”, completou.
Fonte: Tissue Online
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