A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em maio, frente a abril, recuperando-se parcialmente da queda de 0,6% no mês anterior. O resultado foi superior ao projetado pelo mercado, que era de estabilidade. A indústria extrativa (1,2%) avançou, ao passo que a indústria de transformação (-0,1%) ficou estável no mês. Das quatro grandes categorias analisadas, bens de consumo duráveis (9,8%) e bens de capital (4,2%) avançaram.
Por: Gerência de Economia - FIEMG
06/07/2023 - A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em maio, frente a abril, recuperando-se parcialmente da queda de 0,6% no mês anterior. O resultado foi superior ao projetado pelo mercado, que era de estabilidade. A indústria extrativa (1,2%) avançou, ao passo que a indústria de transformação (-0,1%) ficou estável no mês.
Das quatro grandes categorias analisadas, bens de consumo duráveis (9,8%) e bens de capital (4,2%) avançaram – esta última recuperando-se parcialmente da queda de 11,8% em abril. A produção de bens intermediários (0,1%) apresentou estabilidade, enquanto a produção de bens de consumo não duráveis (-1,1%) caiu. Dentre as 24 atividades pesquisadas, 18 cresceram em maio. As maiores influências positivas foram de derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%), de veículos (7,4%) – resultado explicado pela maior produção de automóveis – e de máquinas e equipamentos (12,3%). Por sua vez, as principais influências negativas foram de alimentos (-2,6%) – dada as retrações nos segmentos de abate e de produtos de carne – e de farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%).
Ante maio de 2022, a produção industrial avançou 1,9%. Tanto a indústria extrativa (12%) quanto a indústria de transformação (0,3%) cresceram. Dentre as atividades pesquisadas, oito registraram aumento da produção, com destaque para outros equipamentos de transporte (23,9%), impressão e reprodução (18,8%) e derivados do petróleo e biocombustíveis (7,1%). Por sua vez, as atividades de materiais elétricos (-16,7%), produtos de madeira (-15,3%) e informática e eletrônicos (-13,6%) apresentaram os maiores decréscimos de produção.
No acumulado do ano, a indústria registrou queda de 0,4%, devido ao recuo de 1,2% do segmento de transformação. Por sua vez, o segmento extrativo mostrou avanço de 4,7%, explicado pelas maiores produções de minério de ferro e de petróleo.
Perspectivas
As expectativas para os próximos meses são de desempenho moderado da indústria brasileira. A taxa básica de juros em patamar elevado deverá continuar afetando negativamente a indústria, ao passo que o mercado de trabalho ainda aquecido poderá dar fôlego à atividade.
Fonte: IBGE
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