A produção da indústria brasileira (0,1%) ficou estável entre março e abril. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado (0,2%). O setor extrativo (0,4%) avançou, enquanto o setor de transformação (0,1%) ficou estável. Dentre os quatro grandes setores pesquisados, dois cresceram: bens de consumo não duráveis (2,3%) e bens intermediários (0,8%). Por sua vez, registraram queda os setores de bens de capital (-9,2%) – devolvendo o aumento de 10% da produção no mês anterior – e de bens de consumo duráveis (-5,5%).
Por: Gerência de Economia – FIEMG
07/06/2022 - A produção da indústria brasileira (0,1%) ficou estável entre março e abril. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado (0,2%). O setor extrativo (0,4%) avançou, enquanto o setor de transformação (0,1%) ficou estável.
Dentre os quatro grandes setores pesquisados, dois cresceram: bens de consumo não duráveis (2,3%) e bens intermediários (0,8%). Por sua vez, registraram queda os setores de bens de capital (-9,2%) – devolvendo o aumento de 10% da produção no mês anterior – e de bens de consumo duráveis (-5,5%).
Das 25 atividades pesquisadas, 16 apresentaram aumento na produção no mês, com destaque para manutenção e instalação de máquinas (5,7%), bebidas (5,2%) e derivados do petróleo e biocombustíveis (4,6%) – devido ao aumento no refino no país. Em contrapartida, as atividades que apresentaram os maiores recuos foram fumo (-12%), outros equipamentos de transporte (-8,4%) e veículos (-4,2%) – em decorrência da menor produção de caminhões e ônibus.
Em relação a abril de 2021, a produção industrial caiu 0,5% – nona queda consecutiva nessa base de comparação –, influenciada pelo setor de transformação (-0,5%). Das 25 atividades pesquisadas, 17 mostraram retração, com destaque para materiais elétricos (-16,7%), móveis (-11,6%) e produtos de metal (-11,3%) – dada a menor produção de embalagens metálicas. Por sua vez, os maiores crescimentos ocorreram nas atividades de derivados do petróleo e biocombustíveis (19,9%) e de bebidas (13,2%).
PERSPECTIVAS
A expectativa para os próximos meses é de continuidade dos desafios para a indústria. As cotações elevadas de commodities e os estímulos econômicos, como a redução do IPI e a liberação de recursos do FGTS, podem dar fôlego ao setor, em especial no curto prazo. O Índice Gerente de Compras (PMI-IHS Markit) de maio sinalizou avanço do setor industrial brasileiro, influenciado pelo aumento do número de pedidos e pela ampliação dos estoques.
Entretanto, o aumento da taxa básica de juros e a desaceleração econômica mundial podem afetar o desempenho da indústria, sobretudo ao longo do segundo semestre.
Fonte: IBGE
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