A produção industrial brasileira caiu 0,6% em abril, ante março, devolvendo parte do avanço do mês anterior (1%). O resultado veio pior do que o projetado pelo mercado (-0,2%). Tanto a indústria extrativa (-1,1%) quanto a indústria de transformação (-0,6%) recuaram no mês. Das quatro grandes categorias analisadas, bens de capital (-11,5%) e bens de consumo duráveis (-6,9%) registraram queda. Em contrapartida, as produções de bens de consumo não duráveis (1,1%) e de bens intermediários (0,4%) cresceram. Dentre as 24 atividades pesquisadas, 15 recuaram em abril.
06/06/2023 - A produção industrial brasileira caiu 0,6% em abril, ante março, devolvendo parte do avanço do mês anterior (1%). O resultado veio pior do que o projetado pelo mercado (-0,2%). Tanto a indústria extrativa (-1,1%) quanto a indústria de transformação (-0,6%) recuaram no mês.
Das quatro grandes categorias analisadas, bens de capital (-11,5%) e bens de consumo duráveis (-6,9%) registraram queda. Em contrapartida, as produções de bens de consumo não duráveis (1,1%) e de bens intermediários (0,4%) cresceram. Dentre as 24 atividades pesquisadas, 15 recuaram em abril. As maiores influências negativas foram de alimentos (-3,2%) – em razão da menor produção de açúcar, devido ao atraso da colheita causado pelas chuvas –, de máquinas e equipamentos (-9,9%) e de veículos (-4,6%) – este último influenciado pela paralisação de fábricas em decorrência da baixa demanda. Por sua vez, as principais influências positivas foram de derivados do petróleo e biocombustíveis (3,6%), de impressão e reprodução (6,5%), de vestuário (1,1%) e têxteis (1,2%).
Ante abril de 2022, a produção industrial mostrou decréscimo de 2,7%. A indústria de transformação recuou 3,5%, enquanto a indústria extrativa cresceu 1,4%. Vale ressaltar que, em 2023, o mês de abril contou com um dia útil a menos do que em 2022. Dentre as atividades pesquisadas, 18 registraram queda da produção, com destaque para informática e eletrônicos (-15,7%), produtos de madeira (-15,5%) e químicos (-12,2%). Por sua vez, as atividades de outros equipamentos de transporte (19,2%) e de farmoquímicos e farmacêuticos (18,1%) apresentaram os maiores aumentos de produção.
PERSPECTIVAS
As expectativas para os próximos meses são de desempenho moderado da indústria brasileira, com alternância de quedas e crescimentos menos expressivos da produção. Por um lado, a taxa básica de juros em patamar elevado deve continuar afetando negativamente os investimentos e o consumo de produtos dependentes do ciclo de crédito. Por outro lado, o mercado de trabalho ainda aquecido e a continuidade da recuperação da renda das famílias poderão dar fôlego à atividade, especialmente no que se refere aos bens de consumo não duráveis.
Fonte: IBGE
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