A produção industrial brasileira avançou 1,1% em março, ante fevereiro, recuperando-se após dois meses de queda. O resultado veio acima das expectativas de mercado e foi explicado pelo avanço de 1,4% na indústria de transformação. Por sua vez, a indústria extrativa registrou estabilidade no mês. Das quatro grandes categorias analisadas, três mostraram aumento, com destaque para bens de capital (6,3%). Em contrapartida, a produção de bens de consumo não duráveis diminuiu 0,5%.
16/05/2023 - A produção industrial brasileira avançou 1,1% em março, ante fevereiro, recuperando-se após dois meses de queda. O resultado veio acima das expectativas de mercado e foi explicado pelo avanço de 1,4% na indústria de transformação. Por sua vez, a indústria extrativa registrou estabilidade no mês.
Das quatro grandes categorias analisadas, três mostraram aumento, com destaque para bens de capital (6,3%). Em contrapartida, a produção de bens de consumo não duráveis diminuiu 0,5%. Dentre as 24 atividades pesquisadas, 16 cresceram em março. Os avanços mais intensos foram em informática e eletrônicos (6,7%), máquinas e equipamentos (5,1%) e outros equipamentos de transporte (4,8%). Por sua vez, registraram os maiores recuos as atividades de vestuário e acessórios (-4,7%), de móveis (-4,3%) e de fumo (-4,2%).
Com o resultado, a produção industrial encerrou o primeiro trimestre do ano em estabilidade frente ao quarto trimestre de 2022. A indústria extrativa avançou 3%, ao passo que a indústria de transformação caiu 0,3%.
Ante março de 2022, a produção industrial mostrou elevação de 0,9%. Tanto a indústria extrativa (3,3%) quanto a indústria de transformação (0,5%) cresceram. Vale ressaltar que, em 2023, o mês de março contou com um dia útil a mais do que em 2022. Dentre as atividades pesquisadas, 10 registraram aumento da produção, com destaque para outros equipamentos de transporte (22,3%) – influenciado pela maior produção de aviões e peças – e impressão e reprodução (17,5%). Por sua vez, apresentaram as maiores retrações as atividades de produtos de madeira (-15,5%) e de químicos (-9,5%) – devido à menor produção de herbicidas e fertilizantes.
Perspectivas
As expectativas para os próximos meses são de desempenho moderado da indústria brasileira, com alternância de quedas e crescimentos menos expressivos da produção. Por um lado, a taxa básica de juros em patamar elevado deve continuar afetando negativamente os investimentos e o consumo de bens, especialmente aqueles mais dependentes do ciclo de crédito. Por outro lado, o maior crescimento econômico chinês esperado para este ano poderá beneficiar os setores exportadores, como o extrativo mineral.
Fonte: IBGE
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