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PIB do Brasil cresce 2,9% em 2022, mesmo com 4º trimestre de queda

Crescimento se deu, principalmente, pelo retorno do consumo da população após o arrefecimento da pandemia. Em 2022, o crescimento do PIB brasileiro foi influenciado pelo aumento de 4,2% do setor de serviços, puxado por outras atividades de serviços (11,1%) – na esteira do retorno das atividades presenciais – e por transporte e armazenagem (8,4%). A indústria avançou 1,6%, com contribuições positivas de energia e saneamento (10,1%) e de construção (6,9%) – esta última favorecida por obras públicas no contexto de ano eleitoral. Por sua vez, recuaram os segmentos extrativo (-1,7%) – puxado pela menor extração de minério de ferro – e de transformação (-0,3%).


Imagem: Freepik


07/03/20223 - Em 2022, o crescimento do PIB brasileiro foi influenciado pelo aumento de 4,2% do setor de serviços, puxado por outras atividades de serviços (11,1%) – na esteira do retorno das atividades presenciais – e por transporte e armazenagem (8,4%). A indústria avançou 1,6%, com contribuições positivas de energia e saneamento (10,1%) e de construção (6,9%) – esta última favorecida por obras públicas no contexto de ano eleitoral. Por sua vez, recuaram os segmentos extrativo (-1,7%) – puxado pela menor extração de minério de ferro – e de transformação (-0,3%). A agropecuária caiu 1,7%, em razão da queda da produção de soja (-11,4%).


Embora tenha havido progresso no decorrer do ano, a economia sofreu uma desaceleração no último trimestre de 2022, evidenciada por uma queda de 0,2% no PIB em relação aos três meses anteriores, – desempenho em linha com o esperado pelo mercado. Essa retração interrompeu cinco trimestres seguidos de avanço.


Para o gerente de Estudos Econômicos da FIEMG, João Pio, esse crescimento se deu, principalmente, pelo retorno do consumo da população após o arrefecimento da pandemia. “2022 foi um período marcado de forma expressiva pela demanda. Quando olhamos pela ótica de quem consome, percebemos que o maior motor da economia nacional foi o consumo”, afirma, ponderando, que o consumo estava represado, principalmente no setor de serviços durante a pandemia. “Além disso, tivemos a expansão dos governos federal, assim como corte de impostos, o que impactou na renda das famílias e fomentou o consumo", ressalta.



Segundo o economista da FIEMG, a expectativa para 2023 é de continuidade da desaceleração da economia brasileira, reflexo da inflação elevada, do aperto monetário realizado pelo Banco Central e do esgotamento dos estímulos fiscais realizados em 2022. “Espera-se redução dos investimentos e desaceleração do consumo das famílias, em decorrência do elevado nível de endividamento e das condições menos favoráveis de acesso ao crédito”.


No âmbito das atividades, a agropecuária deve apresentar o maior crescimento, em razão do aumento esperado da safra – que pode ser recorde. O segmento extrativo poderá ser beneficiado pela contribuição positiva do setor externo, dado o pleno retorno da atividade econômica chinesa. Contudo, os aumentos das taxas de juros nos Estados Unidos e na Europa podem afetar negativamente a atividade internacional.


Indústria - Pelo lado da oferta, a indústria recuou 0,3% no quarto trimestre de 2022. Dentre os segmentos industriais, as indústrias de transformação (-1,4%) e de construção (-0,7%) apresentaram as maiores quedas – como resultado dos aumentos das taxas de juros e do esgotamento das medidas de estímulo econômico adotadas nos trimestres anteriores. Por sua vez, a indústria extrativa avançou 2,5%, favorecida pela melhora dos preços do minério de ferro.


Fonte: Imprensa FIEMG/Gerência de Estudos Econômicos da FIEMG

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