O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1% no primeiro trimestre de 2022, em relação ao quarto trimestre de 2021, desempenho ligeiramente abaixo das expectativas de mercado (1,2%). O avanço do setor de serviços (1,0%) foi determinante para o resultado, visto que o PIB da atividade agropecuária recuou 0,9%, em razão do menor volume de chuvas no sul do país, e a atividade industrial ficou estável (0,1%). O fraco desempenho da atividade industrial foi puxado pela queda de 3,4% da indústria extrativa. A indústria de transformação cresceu 1,4%.

Por: Gerência de Economia - FIEMG
07/06/2022 - O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1% no primeiro trimestre de 2022, em relação ao quarto trimestre de 2021, desempenho ligeiramente abaixo das expectativas de mercado (1,2%).
O avanço do setor de serviços (1,0%) foi determinante para o resultado, visto que o PIB da atividade agropecuária recuou 0,9%, em razão do menor volume de chuvas no sul do país, e a atividade industrial ficou estável (0,1%). O fraco desempenho da atividade industrial foi puxado pela queda de 3,4% da indústria extrativa. A indústria de transformação cresceu 1,4%.
Pela ótica da demanda, as exportações cresceram 5%, seguidas pelo consumo das famílias (0,7%). Os gastos do governo praticamente não alteraram (0,1%). Merece destaque a queda de 3,5% dos investimentos, explicada pela menor produção e importação de bens de capital.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, o PIB cresceu 1,7%, influenciado também pelo avanço expressivo no setor de serviços (3,7%), favorecido pelo retorno das atividades presenciais. A atividade agropecuária caiu 8%. O PIB da indústria geral teve desempenho negativo de 1,5%, em razão das quedas de 2,4% do setor extrativo e de 4,7% da indústria de transformação. O forte crescimento de 9,0% da construção e de 7,6% do segmento de energia e saneamento não compensaram as perdas dos demais setores da indústria.
PERSPECTIVAS
A expectativa para o segundo trimestre é de continuidade do crescimento da economia brasileira, favorecido pela alta de preços de commodities e pelos estímulos econômicos, como a liberação de recursos do FGTS e o adiantamento do 13º salário de aposentados e pensionistas.
A desaceleração da economia mundial, a inflação elevada, os aumentos da taxa básica de juros, bem como a dissipação dos efeitos dos estímulos econômicos da primeira metade do ano podem contribuir para a perda de ímpeto do PIB brasileiro no segundo trimestre do ano.
Projetamos crescimento do PIB de 1,5% em 2022.
Fonte: IBGE