O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2023, em relação ao último trimestre de 2022, desempenho acima do esperado pelo mercado. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, a expansão foi de 4%. No acumulado em quatro trimestres, a economia brasileira registrou crescimento de 3,3%. Pelo lado da oferta, a agropecuária foi o setor de destaque no primeiro trimestre de 2023, frente ao último trimestre do ano anterior, com crescimento de 21,6% – influenciado pelo bom desempenho de lavouras relevantes como, soja, milho, fumo e mandioca.
06/06/2023 - O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2023, em relação ao último trimestre de 2022, desempenho acima do esperado pelo mercado. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, a expansão foi de 4%. No acumulado em quatro trimestres, a economia brasileira registrou crescimento de 3,3%.
Pelo lado da oferta, a agropecuária foi o setor de destaque no primeiro trimestre de 2023, frente ao último trimestre do ano anterior, com crescimento de 21,6% – influenciado pelo bom desempenho de lavouras relevantes como, soja, milho, fumo e mandioca. O setor de serviços também registrou avanço (0,6%), explicado especialmente pelas atividades de transporte, armazenagem e correio (1,2%), intermediação financeira (1,2%) e administração pública (0,5%).
No mesmo período, a indústria manteve-se estável e, dentre as atividades, as indústrias extrativa e de energia e saneamento cresceram 2,3% e 1,7%, respectivamente. A primeira foi favorecida pelo aumento da extração de petróleo e gás e de minério de ferro, enquanto a segunda foi influenciada pela melhoria das condições hídricas. Por sua vez, as indústrias de construção (-0,8%) e de transformação (-0,6%) apresentaram queda. No que se refere à construção, o setor encontra-se em desaceleração, enquanto a indústria de transformação foi influenciada especialmente pelas reduções em fabricação de produtos químicos, produtos de madeira, produtos de minerais não metálicos, máquinas e equipamentos e metalurgia.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,2% impulsionado pela melhora do mercado de trabalho e pela queda da inflação – e o consumo do governo também avançou no trimestre, com elevação de 0,3%. Em contrapartida, houve queda de 7,1% nas importações, de 3,4% nos investimentos e de 0,4% nas exportações.
Perspectivas
No início do ano, as expectativas do mercado eram de crescimento da economia brasileira de 1% em 2023. Ao longo dos primeiros meses do ano, as expectativas foram revisadas para cima. Contudo, espera-se uma desaceleração da atividade no segundo semestre do ano, reflexo do aperto monetário realizado pelo Banco Central com o objetivo de reduzir a inflação. Nesse cenário, espera-se redução dos investimentos e desaceleração do consumo das famílias.
A agropecuária deve apresentar alto crescimento no ano, em razão do aumento esperado da safra de soja – que pode ser recorde. Contudo, a manutenção das taxas de juros elevadas nos Estados Unidos e na Europa podem afetar negativamente a atividade internacional.
Nesse contexto, espera-se crescimento de 1,7% do PIB brasileiro em 2023¹.
Fonte: IBGE (¹Estimativa LCA Consultores.)
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