Resultado é superior ao nacional e foi puxado pelo segmento de serviços e agropecuária; Federação apresenta balanço econômico. PIB de Minas Gerais deve encerrar 2022 com crescimento de 4,62%, resultado acima do nacional, que ficará próximo de 2,9% no mesmo período. Esses dados fazem parte do Balanço Anual 2022 e perspectivas para 2023, apresentado pela Gerência de Economia e Finanças Empresariais da FIEMG. O documento apresenta uma análise detalhada sobre a economia regional e nacional. De acordo com o presidente da Federação, Flávio Roscoe, os indicadores positivos do estado foram puxados, sobretudo, pelo bom desempenho dos setores de serviços, com alta projetada de 5,7%, e agropecuária, com alta prevista de 11,8%.
Fotos: Sebastião Jacinto Júnior
27/12/2022 - Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais deve encerrar 2022 com crescimento de 4,62%, resultado acima do nacional, que ficará próximo de 2,9% no mesmo período. Esses dados fazem parte do Balanço Anual 2022 e perspectivas para 2023, apresentado pela Gerência de Economia e Finanças Empresariais da FIEMG. O documento, disponível neste link, apresenta uma análise detalhada sobre a economia regional e nacional.
De acordo com o presidente da Federação, Flávio Roscoe, os indicadores positivos do estado foram puxados, sobretudo, pelo bom desempenho dos setores de serviços, com alta projetada de 5,7%, e agropecuária, com alta prevista de 11,8%. Esse último segmento foi impulsionado pela expansão dos cultivos de café, milho, soja e cana de açúcar. “É importante seguir com a realização de reformas estruturais para o crescimento sustentável do país. No caso de Minas, as medidas adotas pelo governo atual foram fundamentais para o estado alcançar resultados positivos em meio a fatores externos”, frisou o líder empresarial.
Com relação ao PIB industrial, a FIEMG prevê que Minas pode registar em 2022 uma expansão de 1,14 % e, no ano que vem, 1,5%. Vale ressaltar que, em 2021, o estado viu a produção industrial crescer 9,7% em relação ao ano anterior. "A produção da indústria mineira registrou, em 2021, desempenho superior ao verificado no país, crescendo 2,5 vezes mais", observou o gerente da Gerência Economia e Finanças Empresariais da Federação, João Gabriel Pio.
Tanto o economista quanto Roscoe frisaram que a retração da economia mundial, o lockdown da China em decorrência da pandemia da Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia ainda surtem efeitos relevantes nas cadeias produtivas globais.
Motor da economia
Flávio Roscoe voltou a enfatizar a importância da indústria mineira para o desenvolvimento sustentável do estado e país, gerando emprego e renda. Em Minas, por exemplo, o setor é responsável por cerca de 24% das vagas formais de trabalho (1,2 milhão de postos) e paga aproximadamente 24% da massa salarial.
“Do total de empresas que inovam no Brasil, 88,7% estão ligadas à atividade industrial. Além disso, 43% das novas tecnologias desenvolvidas pela indústria são destinadas à redução de impactos ambientais, tais como redução da 'pegada' de CO2 e substituição de energia de combustíveis fósseis por energia renovável. É digno de nota que Minas Gerais é responsável por 11% do total das empresas que produzem inovação no Brasil, sendo que 44,3% das inovações realizadas são destinadas ao desenvolvimento de tecnologias que geram soluções ao meio ambiente”, afirma o líder empresarial.
Ânimo do industrial
Conforme o balanço, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de Minas Gerais oscilou ao longo de 2022 frente a diferentes cenários políticos e econômicos. O Icei varia de 0 a 100 pontos e os valores acima de 50 significam confiança. O indicador tem dois componentes que são condições atuais e expectativas.
Neste ano, o Icei começou com 57 pontos e chegou a 62,9 em setembro, o mais elevado do ano. A partir de outubro, porém, mês marcado pelas eleições, os índices de confiança começaram a arrefecer e, em novembro, registrou a queda mais significativa desde abril de 2020, marcando 52,4 pontos.
Soma das riquezas produzidas
Sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, no primeiro semestre de 2022, a economia brasileira demonstrou recuperação, registrando crescimento médio de 1,15%, alavancado pela indústria e pelo setor de serviços. Por outro lado, o desempenho do segmento agropecuário foi menor por conta de condições climáticas e o embargo da China. Pelas projeções do balanço, o PIB deve encerrar o ano com crescimento de 2,9%
Alta de preços
Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE), a inflação oficial começou 2022 em alta, seguindo tendência do ano anterior, e o conflito Rússia e Ucrânia impactou os preços de commodities, sobretudo as agrícolas e as energéticas. Com isso, houve pressões inflacionárias no mundo.
De acordo com o balanço, de janeiro a outubro de 2022, o IPCA teve alta de 4,7%, com destaque para os itens de vestuário e bebidas. A Gerência de Economia e Finanças Empresariais prevê que os preços de alimentos e de bens de consumo sigam elevados nos próximos meses e o IPCA encerre o ano acima da meta de 3,5%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
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Rafael Passos
Imprensa FIEMG
Fonte: FIEMG
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