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Faturamento da indústria mineira volta a crescer em agosto

No acumulado do ano até agosto, a indústria do Estado apresentou, de modo geral, resultados positivos, segundo a Fiemg. Depois da queda de 6,7% do faturamento real em julho na comparação com o mês anterior, a variável voltou a crescer em agosto deste ano, com alta de de 2,8%, segundo Pesquisa Indicadores Industriais (Index), divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).


Depois da queda de 6,7% em julho frente ao anterior, variável teve

alta de 2,8% em agosto | Crédito: Alisson J. Silva


Juliana Gontijo


05/10/2023 - Depois da queda de 6,7% do faturamento real em julho na comparação com o mês anterior, a variável voltou a crescer em agosto deste ano, com alta de de 2,8%, segundo Pesquisa Indicadores Industriais (Index), divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).


A economista da entidade, Daniela Muniz, explica que o resultado é justificado pelo aumento de pedidos no segmento de transformação. “Já era esperado que agosto fosse melhor que julho”, diz. O maior resultado neste ano até o momento foi verificado em maio, com elevação de 6,6% frente a abril, que tinha apresentado recuo.


O levantamento da Fiemg mostrou expansão em quatro das seis variáveis analisadas no oitavo mês de 2023. Além do faturamento, as horas trabalhadas na produção apresentaram acréscimo. A alta foi de 0,6%, resultante da normalização da produção após paradas técnicas ocorridas em algumas empresas no mês anterior.


Nas variáveis relacionadas ao mercado de trabalho, a massa salarial apresentou crescimento de 1,7% em agosto, devido ao pagamento de participações nos lucros e resultados, o que também contribuiu para elevar em 1,8% o rendimento médio real da indústria mineira. Já o emprego recuou 0,7%, sendo a maior variação negativa registrada neste ano.


A economista destacou que no acumulado do ano até agosto, a indústria do Estado apresentou, de modo geral, resultados positivos. O desempenho foi influenciado pela normalização das cadeias globais de suprimentos e a dispersão dos efeitos iniciais causados pela guerra na Ucrânia, que propiciaram o recuo nos custos de produção e, portanto, nos preços de bens industriais.


Ano

Ela acrescenta que as políticas de transferência de renda, aliadas à resiliência do mercado de trabalho, contribuíram para certa sustentação da renda e, logo, da demanda das famílias. Dessa forma, no acumulado do ano até agosto, o faturamento real da indústria cresceu 4,3% e, em 12 meses, acumula alta de 5,1%.


Já no comparativo de agosto de 2023 frente a igual mês do ano passado, o resultado do faturamento foi negativo, com recuo de 0,8%.


Daniela Muniz observa que o segundo semestre é tradicionalmente mais aquecido para a indústria, com pico na demanda normalmente em outubro, para abastecer o varejo para o fim de ano, com destaque para a Black Friday e o Natal.


Ela ressalta que o mercado de trabalho resiliente e o arrefecimento da inflação devem continuar favorecendo o consumo das famílias. Entretanto, há aspectos negativos, como a política monetária contracionista, embora a perspectiva seja de continuidade de cortes na taxa Selic.


“Os juros continuam altos, num patamar ainda restritivo, em especial, para os setores mais dependentes do crédito”, analisa. Dessa forma, no cenário prospectivo, a expectativa é de desempenho moderado da indústria mineira.


Fonte: Diário do Comércio

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