Segundo a pesquisa, a sensação de ameaça causada pela pandemia foi o principal fator que fez as pessoas estocarem o item. No início da pandemia de Covid-19, pessoas em todo o mundo foram vistas acabando com os estoques de papel higiênico nos supermercados. Pesquisadores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha, se perguntaram o porquê desse comportamento e decidiram fazer um estudo para descobrir a resposta. No total, 1.029 adultos de 35 países foram recrutados por meio de redes sociais.

02/07/2020 - No início da pandemia de Covid-19, pessoas em todo o mundo foram vistas acabando com os estoques de papel higiênico nos supermercados. Pesquisadores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha, se perguntaram o porquê desse comportamento e decidiram fazer um estudo para descobrir a resposta.
No total, 1.029 adultos de 35 países foram recrutados por meio de redes sociais. Entre os dias 23 e 29 de março de 2020, os voluntários realizaram um teste chamado Brief Hexaco Inventory, que classifica seis domínios amplos de personalidade. Os participantes também compartilharam com os cientistas seus dados demográficos, o nível de ameaça percebido da Covid-19, seus comportamentos durante a quarentena e o consumo de papel higiênico nas semanas anteriores ao estudo.
O estudo concluiu que a sensação de ameaça causada pela pandemia foi o principal fator que fez as pessoas estocarem papel higiênico, já que aqueles que se sentiram mais ameaçados eram mais propensos a encher a casa com esse item de higiene.
A personalidade é outro fator relevante: em cerca de 20% dos casos, essa atitude se deu em pessoas que tendem a se preocupar muito e se sentir ansiosas. Indivíduos extremamente organizados, diligentes, perfeccionistas e prudentes também se destacaram entre os estocadores.
A pesquisa identificou, ainda, que idosos estocaram uma maior quantidade de papel higiênico do que os mais jovens. Em termos geográficos, norte-americanos estocaram mais do que europeus.
Mas, segundo os autores, outras variáveis não analisadas na pesquisa também podem explicar essa atitude. “A ameaça subjetiva da Covid-19 parece ser um gatilho importante para o armazenamento de papel higiênico. No entanto, ainda estamos longe de compreender esse fenômeno de maneira abrangente”, afirmou Theo Toppe, coautor do estudo, em nota.
Fonte: Tissue Online