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Economia: PIB de Minas Gerais – 4º Trimestre de 2022

PIB de Minas Gerais recua no último trimestre de 2022, mas encerra o ano com crescimento de 3,5%. O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais recuou 2% no quarto trimestre de 2022, em relação ao terceiro trimestre, continuando a desaceleração iniciada no terceiro trimestre. Contudo, no ano, a economia mineira registrou avanço de 3,5%, patamar superior ao crescimento brasileiro (2,9%). No quarto trimestre de 2022, em relação ao trimestre anterior, o resultado do PIB mineiro foi negativamente influenciado pela agropecuária (-9,2%) – em função da queda na produção de cultivos como batata, mandioca e feijão – e pelo setor de serviços (-0,1%), em razão do recuo no comércio (-1,1%) e na administração pública (-0,4%).



21/03/2023 - O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais recuou 2% no quarto trimestre de 2022, em relação ao terceiro trimestre, continuando a desaceleração iniciada no terceiro trimestre. Contudo, no ano, a economia mineira registrou avanço de 3,5%, patamar superior ao crescimento brasileiro (2,9%).


No quarto trimestre de 2022, em relação ao trimestre anterior, o resultado do PIB mineiro foi negativamente influenciado pela agropecuária (-9,2%) – em função da queda na produção de cultivos como batata, mandioca e feijão – e pelo setor de serviços (-0,1%), em razão do recuo no comércio (-1,1%) e na administração pública (-0,4%). A indústria apresentou estabilidade, com o desempenho positivo das indústrias extrativa mineral (3,9%) e de transformação (0,3%) compensando as quedas verificadas em energia e saneamento (-3,2%) e na construção civil (-0,5%). Por sua vez, as atividades de serviços de transporte (1,6%) e de outros serviços (0,4%) registraram elevação.


Na comparação com o quarto trimestre de 2021, a economia mineira cresceu 1,2%, influenciada pelo avanço expressivo no setor de serviços (3,4%). A indústria apresentou elevação de 2,1%, devido aos avanços em todos os seus segmentos: energia e saneamento (5,9%), indústria extrativa (4%), construção civil (2%) e indústria de transformação (1,3%). A atividade agropecuária foi o único destaque negativo, com queda de 12,8%.


No acumulado de 2022, o crescimento do PIB do estado foi influenciado pelos aumentos nos setores da agropecuária (9,7%) e de serviços (5%). Este último foi puxado por outras atividades de serviços (10,4%) – na esteira do retorno das atividades presenciais – e por transporte e armazenagem (4,9%). A indústria ficou praticamente estável (0,1%), com contribuições positivas de construção (5,4%) e de energia e saneamento (4,0%). Por sua vez, recuaram os segmentos extrativo (-1,6%) – puxado pela menor extração de minério de ferro – e de transformação (-1,3%).


Vale ressaltar que, no ano, a indústria extrativa foi afetada pelas fortes chuvas e pela política de Covid Zero na China, que contribuiu para a queda na demanda e no valor do minério de ferro. Na indústria de transformação, os recuos em produtos têxteis, metálicos e não-metálicos, químicos, e de papel e celulose influenciaram o resultado.


Perspectivas

A expectativa para 2023 é de continuidade da desaceleração da economia mineira, reflexo da inflação elevada, do aperto monetário realizado pelo Banco Central e do esgotamento dos estímulos fiscais realizados em 2022. Espera-se redução dos investimentos e queda do consumo das famílias, em decorrência do elevado nível de endividamento e das condições menos favoráveis de acesso ao crédito. No âmbito das atividades, a agropecuária deve apresentar o maior crescimento, em razão do aumento esperado da safra. O segmento extrativo poderá ser beneficiado pela contribuição positiva do setor externo, dado o pleno retorno da atividade econômica chinesa.


Fonte: Fundação João Pinheiro


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